Sistemas de busca se tornaram complementares à nossa capacidade de lembrar, dizem pesquisadores.
De acordo com uma pesquisa realizada por estudiosos das universidades de Columbia, Wisconsin e Harvard, pesquisar dúvidas no Google altera o desempenho da memória em nosso cérebro. O estudo foi publicado pela edição de julho da revista Science.
Segundo os autores da pesquisa – Betsy Sparrow, Jenny Liu e Daniel Wegner -, a facilidade em encontrar informações através do Google teria mudado a maneira como o nosso cérebro funciona quando há uma dúvida, substituindo a memória de fatos específicos pela que entende onde as informações podem ser encontradas com mais facilidade – na maioria das vezes, em algum site da internet.
A noção de que qualquer informação poderia ser achada facilmente através dos computadores teria piorado as notas de alguns voluntários em testes de memória, mas, por outro lado, as pessoas conseguiriam reter mais o local em que podem encontrar os dados do que as informações contidas neles, permitindo o nascimento de uma memória mais prática e possibilitando que o cérebro se ocupe de outras atividades.
“A internet se tornou a nossa forma primária de memória externa, onde a informação pode ser arquivada coletivamente em vez de ficar presa nas nossas mentes”, diz a apresentação da pesquisa.