Por: João Brunelli Moreno
Um estudo conduzido por pesquisadores argentinos sugere que as ondas de WiFi podem ser prejudiciais à fertilidade masculina, reporta a agência de notícias Reuters.
De acordo com o levantamento realizado pela clínica Nascentis Medicina Reproductiva, as ondas eletromagnéticas emitidas por laptops e outros dispositivos móveis afetam na integridade e mobilidade do esperma humano.
Durante o teste, amostras de esperma de 29 volutários foram colhidas e depositadas perto de um notebook conectado à rede sem fio e baixando algum arquivo. Depois de quatro horas, 29% dos espermatozóides estavam mortos e 9% deles apresentavam danos em seu DNA, enquanto as amostras de controle — que ficaram guardadas pelo mesmo período em um local em condições normais — mostravam índices de 14% de mortalidade e 3% com danos genéticos.
Segundo Conrado Conrado Avendano, que coordenou o estudo, isso aconteceu por conta das ondas do WiFi. “Nossos dados mostram que o uso de dispositivos de internet sem fio provocaram uma sensível queda na qualidade do esperma“, afirmou o doutor no artigo publicado na última edição da revista Fertility and Sterility.
De qualquer maneira, ainda não é hora de usar uma cueca de chumbo antes de acessar a internet de seu laptop. “Até o momento não sabemos se este efeito é produzido por todos os computadores conectados por WiFi ou se estar conectado desta maneira pode de fato prejudicar a qualidade do esperma”, completa o estudioso.
Mais sobre: Argentina, espermatozóide, Pesquisa, Wi-Fi