No futuro, não usaremos mais dinheiro.

Andar com dinheiro já é coisa do passado pra mim e para a maioria das pessoas, mas é uma tendência que deverá acelerar ainda mais nos próximos anos.

Uma das coisas mais antigas da humanidade está com os dias contados: dinheiro. Sim, esse pequeno pedaço de papel que você carrega de um lado para o outro está morrendo. Na China, superaplicativos garantem que as pessoas não mais usem o dinheiro como meio de pagamento. Em outros países, são os cartões que impedem que você use o papel ou a moeda.

O fato é que daqui a pouco quase tudo que você vai pagar vai ser usando aplicativos, nunca dinheiro físico. Papel (ou moeda) vai ser usado apenas em alguns lugares mais atrasados que costumam não estar, como… lugares do governo (alô, Correios).

Andar com dinheiro já é coisa do passado para a maioria das pessoas, mas é uma tendência que deverá acelerar ainda mais nos próximos anos. Até as lojas não vão precisar: a Amazon já testa um tipo de loja em que você entra, pega o que quiser e sai sem pagar. Um aplicativo lê o que você pegou e debita automaticamente da sua conta. É o futuro.

Superaplicativos na China matam o dinheiro

A China é um lugar peculiar. Com a internet fechada, muitas das empresas desenvolveram soluções diferentes do que no ocidente. E duas delas delas, em especial, desenvolveram  aplicativos que estão mudando diversos hábitos dos chineses e ajudando o país a ocupar o posto de primeiro pais do mundo sem dinheiro: a Tencent, desenvolvedora do WeChat, e o Alibaba, dona do Alipay.

O WeChat nasceu como um aplicativo de mensagens, estilo WhatsApp, mas se transformou em um superaplicativo disponível em todos os momentos da vida dos chineses. Basicamente você pode procurar um serviço, contratá-lo, pagar por ele e recomendá-lo para os amigos sem nem mesmo SAIR do aplicativo. O que aqui no Brasil você precisaria de Google, telefone, cartão de crédito e Facebook pode ser alcançado com apenas um aplicativo na China.

É impressionante. Você pode baixar o aplicativo e usar a câmera do celular para ler QR Codes que autorizam pagamentos, buscam cupons de desconto, dar gorjeta para garçons e até mesmo leem promoções em lojas. O pagamento é feito com sua digital ou senha no celular e é mais seguro do que um cartão de crédito.

Pequenas e grandes lojas aceitam o pagamento via WeChat e dinheiro é uma coisa do passado na maior parte das grandes cidades chinesas – cerca de 60% dos pagamentos na China não usam dinheiro, mas é bom destacar que a maioria é feito através de aplicativos como o WeChat e o Alipay.

Nos Estados Unidos e outros países desenvolvidos, mais da metade dos pagamentos também não usam dinheiro, mas o mercado de aplicativos não é nem perto do que é no gigante asiático. São mais de US$ 3 trilhões em transações digitais na China, enquanto os Estados Unidos (com uma economia que consome ainda mais que a chinesa) gastam US$ 112 bilhões – igual o mercado chinês cinco anos atrás.

O Alipay tem vantagem por ser do Alibaba, uma espécie de Amazon chinesa, comandada por Jack Ma. Ele ainda é líder de mercado – com mais de 450 milhões de usuários -, mas vem perdendo share para o WeChat (que tem 900 milhões de usuários, embora nem todos usem o WeChat Pay).

Ambas as companhias se esforcem para que cada vez mais os varejistas aceitem – já são maioria em cidades como Pequim e Shangai, mas minoria em cidades pequenas do interior (aquelas que tem “apenas” 5 milhões de habitantes). O pagamento é simplificado: basta apontar a câmera para o QRCode e a quantia será retirada de sua conta.

E no Brasil?

Funciona tão bem que o Facebook quer transformar tanto o Messenger quanto o WhatsApp em ferramentas de pagamento. Aqui no Brasil, algumas companhias se inspiram no sucesso da superplataforma do WeChat para desenvolver suas soluções que querem ser grandes plataformas.

A mais proeminente delas é a gaúcha 4All, fundada por José Renato Hopf, fundador também da GetNet – adquirente vendida para o Santander alguns anos atrás. A 4All também quer ser um aplicativo usado nos mais diversos pagamentos do dia-a-dia – tendo começado com gastronomia e mobilidade urbana no ano passado.

Se a 4all ter o mesmo sucesso de WeChat e Alipay no curto prazo, depende de uma mudança cultural do brasileiro – se demorar demais, pode ser um problema para a rentabilidade da startup gaúcha ou abrir espaço para novas concorrentes.

Ela mudança cultural virá eventualmente, disso não há dúvidas: no fim, as novas tecnologias mais convenientes sempre ganham. O fato é que empresas inovadoras estão trabalhando para mudar as suas finanças nos próximos anos.

O nosso futuro? Talvez mais parecido com a China, com cada pessoa usando seu smartphone para realizar pagamentos.

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Diego Bencke

Diego Bencke

CEO DigooWeb - Graduado em Marketing
Especialista em Internet Marketing.
No Instagram: @diegobencke

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